Boas Práticas na Análise Funcional

Com uma perspetiva de negócio ampla, o Analista Funcional compreende e identifica as necessidades empresariais dos stakeholders, para que as empresas atinjam o seu máximo potencial. Atua como uma interface entre vários departamentos de uma organização, sendo responsável por estabelecer a comunicação entre as partes interessadas. Deixo-te um conjunto de Tips, que para mim são Boas Práticas de BA, e que na minha opinião, podem ajudar no caminho do sucesso! 

Tip #1 Identificar os Stakeholders 

Começar por identificar os principais Stakeholders: por influência, por interesse, e utilizador final do projeto. Reservar tempo para o levantamento de requisitos – necessidades – de forma a garantir que o modelo se aproxima o mais possível ao pretendido pelos stakeholders. Uma primeira fase, que não deves descurar!  

• Políticas Internas 

Em termos de processo nas organizações, é importante reconhecer e respeitar o âmbito em que a empresa se insere, não ignorar políticas/ políticas internas. Normalmente, um processo formal irá resultar numa melhor performance do projeto, assim com a gestão de requisitos e boas-práticas também farão. Os fatores culturais numa organização devem ser reconhecidos, também pelos stakeholders dos projectos, de forma a obter resultados significativamente melhores.  

Tip #2 Manter uma boa relação com os Stakeholders  

É de extrema importância que seja fomentada uma boa e profissional relação com os stakeholders, assim como com os utilizadores finais de projeto. Um Analista Funcional deve ser facilitador de comunicação entre diferentes pontos da organização, um “Smoth Operator” com boa capacidade de comunicação, que informa via email os progressos, realiza one to one meetings, workshops entre outros. Encontrar falhas na comunicação, chamado de manage conflict  da melhor forma, transmitir confiança, organização pessoal, assim como pensamento analítico e ser voltado para solucionar problemas – fará o projeto decorrer de forma saudável.  

• ”Project Momentum” 

Garantir o alinhamento dos Stakeholders a cada fase do projecto que se conclui – “não perder project momentum”. É necessário e interessante contar com a competência crítica dos Stakholders no decorrer do projeto. 

Tip #3 Classificar todos os Requisitos 

Depois de recolhidos os requisitos, é importante classificá-los: funcionais, operacionais, técnicos e transacionais. De forma que possa haver, uma boa gestão dos mesmos. Numa fase posterior conseguimos perceber do que se trata, a quem devemos recorrer caso seja necessário algum esclarecimento, entre outras necessidades.  

Tip #4 Contemplar a opção de “Não fazer nada” 

Ainda que com um planeamento de requisitos, durante o curso de um projecto, é possivel que existam etapas nas quais não há evolução – etapas que também têm custos envolvidos ao longo das colaborações. Pode acontecer em business cases, análises, e é normal que aconteça. O importante é saber perceber na prática, qual vai ser o impacto deste momento no negócio? Esta análise não deve ser desvalorizada, por ser fundamental na ajuda dos stakeholders principais a tomar uma decisão mais informada.  

Tip #5 Participar Ativamente no Planeamento dos testes 

A pessoa que fez o levantamento de requisitos, à partida será a pessoa que mais percebe do requisito, para além do(s) stakeholder(s) envolvido(s). Junto da equipa de desenvolvimento, e junto do stakeholder, quando estamos a levantar o requisito percebemos logo como é que pode ser testado. Assim, na fase de testes, saberá intervir sabendo como pode testar a funcionalidade. Por isso, não te esqueças de definir as fases de teste, tal como os requisitos a desenvolver, porque uma boa prática passa por ajudar na definição de UAT (identificar casos de teste), qual a cobertura de testes e o que testar. 

Espero que este conjunto de boas práticas te possam auxiliar de alguma forma, e que tenhas ficado esclarecido no que toca às atividades de um Analista Funcional na procura de soluções que ajudam uma equipa a construir a solução certa!