Da Digital à Transformação Cultural



A Ana é Chief Operations Officer na Affinity e uma…
Seja pelo contexto que atravessamos ou porque era algo já latente, a necessidade permanente de recorrer aos recursos digitais tem vindo a abrir caminho para a digitalização e, com ela, para a reinvenção de muitas empresas quer do ponto de vista dos processos quer do ponto de vista humano.
A transformação digital tem como principal pilar a base da evolução tecnológica e o facto de permitir que as empresas consigam melhor desempenho e resultados. Dinâmicas mais rápidas e flexíveis e uma melhor resposta às necessidades do seu negocio, mas os ganhos noutras vertentes são igualmente impactantes. É na sua globalidade um desafio de gestão e não só tecnológico.
“Na minha perspectiva, a transformação digital serve como desbloqueador de potencial humano, exige audácia, criatividade e abertura a fazer parte da mudança”
Aquilo em que as empresas se transformam enquanto organismos vivos diz muito sobre elas. Expõe o seu capital intelectual, a sua resiliência , mostram-nos a sua capacidade e abertura para mudança, para poder perder antes de ganhar, de se questionar e pôr em causa, de correr riscos e reinventar muitos dos seus processos e práticas e também as suas pessoas. Neste sentido, uma transformação digital abarca variáveis não só operacionais mas também culturais, de identidade, valores e costumes e requer muitas vezes uma mudança estrutural nas organizações.
Na minha perspectiva, a transformação digital serve como desbloqueador de potencial humano, exige audácia, criatividade e abertura a fazer parte da mudança, precisa de agentes facilitadores para que possa acontecer. Precisa que a pensem, que a criem, que a executem e que a pensem novamente. Isso potencia capacidades e características que muitas vezes deixamos adormecer, ou vivem em zona cinzenta, na zona subaproveitada, seja enquanto empresa ou na nossa individualidade. Há um convite para pensar diferente, desenvolver um sentido crítico e treinar o nosso raciocínio lógico. É um processo que também nos transforma a nós e nos traz a oportunidade de repensar a cultura, os valores e a marca da empresa.
Cada vez mais aquilo que define uma organização deixa de ser apenas aquilo que produz ou quanto dinheiro consegue gerar, a escolha deixa de estar sobre quem são os mais baratos ou os mais competitivos do mercado. Há uma grande paridade entre os factores económicos e os factores tecnológicos, humanos e sociais. Qualquer parceiro, seja ele o cliente, o colaborador, o fornecedor ou o espectador não quer apenas comprar ou vender um produto ou um serviço, há uma procura para que as empresas com as quais trabalham ou se relacionam, dividam as mesmas aspirações, se balizem pelos mesmo princípios, ou principios semelhantes, se alinhem com a evolução, manifestem a mesma atitude, que partilhem o mesmo propósito e se rejam pelos mesmo valores.
A transformação digital torna-se, assim, uma porta aberta no caminho, convidando-nos à não- estagnação, para que nos possamos ir redefinindo, aculturando e adaptando continuamente. Convidando-nos a repensar, reajustar sobre onde, quando e como queremos ser, seja como organização ou como pessoa.
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A Ana é Chief Operations Officer na Affinity e uma das primeiras pessoas a fazer parte da história da empresa. Gerindo toda a estratégia das áreas relacionadas com ‘pessoas’, a Ana não podia ser mais dinâmica, criativa e proactiva. Sempre motivada para novos desafios também pela natureza, adora perder-se em trilhos, nem sempre facilmente encontrando o caminho de regresso!