“Para os melhores há sempre lugar”



A Inês é Chief Marketing Officer na Affinity. Gere a…
Todos os clichés têm por base uma verdade amplamente aceite. Ouvimos e aceitamo-los sem pensar muito pois parecem não necessitar de muita análise. Mas hoje, desafio-vos a desconstruir, a traduzir este que sempre me acompanhou ao crescer: Para os melhores há sempre lugar. Será assim?
Pensar desta forma é, na minha opinião, antes demais empoderador. Coloca-nos como a personagem principal da nossa própria história. Como os detentores da receita para o nosso próprio sucesso. Isto pode causar também algum receio porque coloca invariavelmente em nós uma igual responsabilidade pelo insucesso e é por vezes, mais rápido culpar circunstâncias ou fatores externos.
Culpas à parte, acredito que sim, que para os melhores há sempre lugar, que somos detentores dessa capacidade de tomar as rédeas e, com o nosso esforço e empenho assumir o nosso lugar seja onde for. Acredito que, quando colocamos a nossa força, a nossa intenção na direção que nos faz realmente sentir realizados e felizes só pode resultar em sucesso. E porquê? Porque temos sempre tempo para o que gostamos, temos sempre força para o que nos faz feliz, temos sempre vontade de fazer mais e melhor daquilo que nos concretiza, e mesmo quando o tal ‘lugar’ parece pequeno/restrito/limitado ou até inexistente criamos formas e, se assim necessário, criamos o próprio ‘lugar’.
O ‘lugar’ que há sempre para os melhores não é um lugar singular, alcançável através de competição tóxica, mas antes, o ‘lugar’ que invariavelmente atingimos quando fazemos aquilo que nos faz realmente sentir concretizados.
“Os melhores” não nascem desta forma, e nem sempre são os melhores nos primeiros ou em definidos estágios da vida. O próprio conceito do que é ser ‘o melhor’ é elástico, discutível, limitador e subjetivo. Ainda assim, se entendermos por ‘melhor’ o ‘melhor de nós próprios’, procurando o nosso permanente desenvolvimento, evolução e aprendizagem vamos, decerto, caminhar no sentido do nosso ‘lugar’.
É aqui que acredito que reside a grande questão. O ser melhor não é ser contra o outro, é agir conforme a nossa vocação, colocarmo-nos inteiros naquilo que nos faz feliz. É isso que nos impele a procurar mais, aprofundar mais, querer saber mais, estar permanentemente em estágio de desenvolvimento para enriquecer o nosso conhecimento naquela área/questão. É essa vontade de constante aprendizagem e evolução que, acredito eu, faz de nós melhores pessoas e melhores profissionais seja em que área/indústria/profissão for.
Neste sentido, na minha opinião, o lugar que há sempre para os melhores não é um lugar singular, alcançável através de competição tóxica, mas antes, o lugar que invariavelmente atingimos quando fazemos aquilo que nos faz realmente sentir concretizados. Quando assim é, a curiosidade, o interesse, nunca acabam, a abertura, a vontade de aprofundar conhecimento apenas cresce, assim como a nossa capacidade de fazer face a qualquer desafio.
O resto… surge by default.
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A Inês é Chief Marketing Officer na Affinity. Gere a estratégia de comunicação e marketing da empresa e só deixa de pensar em comunicação quando está a viajar, praticar yoga ou a colocar a leitura em dia. E mesmo desses momentos… resulta muita inspiração!